03/05/2008

Budapeste de Chico Buarque


"Fui dar em Budapeste graças a um pouso imprevisto, quando voava de Istambul a Frankfurt, com conexão para o Rio. A companhia ofereceu per-noite num hotel do aeroporto, e só de manhã nos informariam que o problema técnico, responsável por aquela escala, fora na verdade uma denúncia anônima de bomba a bordo. No entanto, espiando por alto o telejornal da meia- noite, eu já me intrigara ao reconhecer o avião da companhia alemã parado na pista do aeroporto local. Aumentei o volume, mas a locução era em húngaro, única língua do mundo que ,segundo as más línguas, o diabo respeita. Apaguei a tevê, no rio eram sete da noite, boa hora para telefonar para casa; atendeu a secretária eletrônica, não deixei recado, nem faria sentido dizer: oi, querida, sou eu, estou em Budapeste, deu um bode no avião, um beijo."
Um ótimo romance vindo do ótimo Chico Buarque. Ótima fluência, você começa a ler e não pára até ver o fim. Conta a história do escritor-fantasma José Costa, que por acidente acaba tendo contato com a língua húngara e acaba se apaixonando por ela. Com muitas idas e vindas a Hungria, Costa tem sua vida toda modificada com novo amor, novo trabalho e vivência com uma nova Cultura.
Fica aqui a minha recomendação Literária aos amigos da Boêmia.

2 comentários:

Anônimo disse...

Sabe que vai virar filme o Budapeste?
Ainda não li, mas fica a vontade.
=)
Beijos.
VAMO CLICÁ!

Unknown disse...

Não entendi o final, quando li. Não sei quem escreveu um livro contando a história dele (José Costa), se foi o próprio "alemão", ou foi aquele outro escritor que a mulher dele adimirava. Mas realmente é muito bom, se virar filme eu assisto. =)