Campanário da matriz

Todos os jornais noticiam:
"Lunático vandaliza campanário da matriz!"
Lunático ou apaixonado? As estrelas são testemunha!
Quatro letras, o nome dela, nome de deusa!
Seria do Egito? Ou Egypto? Nilo? Guaíba? Mississipi?
Haja justiça! Quem sabe o que ele sentia?
Quem sabe o que é pensar e não tocar?
Quem sabe o que é amar e não poder sentir-se amado!
Ou sequer saber se é ou não amado!
Aquele nome que é mais um deleite aos ouvidos
Estava estampado por todo o campanário
Quem primeiro viu creu ser obra do imaginário!
Sentado ao lado da obra
Com a roupa ao gosto dos respingos de tinta
Jazia, ou quase jazia o lunático em seu frenesi.
Queria poder falar ao mundo e a quem amava
Mas não podia, o mundo não entenderia
E ela se assustaria, melhor é pintar!
Tenham piedade do lunático
Pois o lunático sou eu!



Ricardo dos Santos 25/06/07
Joinville 23:41

Música de Boteco

Na segunda aparição dessa seção aqui no blog temos um outro ícone, Oswaldo Montenegro com Bandolins!

Bandas para se conhecer: Keane

Essa é uma banda Britânica, não é desconhecida no Brasil. Já teve algumas músicas executadas nas rádios. Trata-se de um trio formado por: Tim Rice-Oxley, Tom Chaplin e Richard Hughes. Alguns a incluem no Piano Rock e confesso que dá gosto de ver o "estrago" que eles fazem em um trio que tem Pianista, bateirista e vocalista. Vale a pena conferir.

O primeiro som é Spiralling, é uma música bastante animada e com uma certa psicodelia.




O segundo som é Perfect Symmetry, que já é bem mais Britsh rock, é uma música bem legal também.



E por fim, essa eu andava viciado n'outro dia, creio que ainda continuo, Crystal ball.




Espero que gostem, um grande abraço e boa quinta-feira.

Bar dos Byronianos

Ressona cidade, dorme o sono que te cabe,
Deixa apenas a voz da reclamação dos pobres românticos,
Só ela a noite gosta de ouvir!
Quando em um bar sentam, gostam de beber,
Cantam, declamam Byron,Baudelaire.
Uns cantam Chico, outros Caetano, há ainda os Montenegrinos!
Cada profeta do amor tem sua amada,
Umas são negras, outras asiáticas, pálidas...
Vêm as perguntas: "Qual o cheiro do Lençol dela?"
Outro retruca: "Qual a feição ao acordar?"
Uns já nem lembram como é a parte física do amor
Vivem no âmbito das idéias, platônicos, lacônicos.
O violão chora, as garrafas caem vazias
Enchendo os poetas de rubor e exaltação do amor!
O papel recebe de braços abertos
O que os ouvidos dela não podem ouvir!
Sorrio deles, debocho, satirizo todos.
E eles questionam-me: "Por quê? Será louco?"
Sinto-me superior e disparo certeiro:
"Nenhuma [sol]ri igual a ela!"- Triunfo!


Ricardo dos Santos 23/10/07
Joinville 00:52

Música de Boteco

Hoje inicia-se um momento novo para esse blog, um momento com indicações musicais para todo bom boemio. E hoje vamos com o grande mestre, o eterno e inigualável Chico Buarque. Puxem uma cadeira, peçam seu chopp que a música vai começar.